«Não gosto nada é de ter que comer peixe à sexta-feira, as sextas-feiras para mim são dias de carne, eu gosto de comer peixe é à terça, por isso na maior parte das vezes como delícias do mar que ninguém sabe muito bem se aquilo é carne ou peixe ou omeletas.»
hoje citamos o sábio conhecedor do quotidiano, Jorge Daniel e reflectimos. o que queremos comer e quando depende tanto da nossa vontade como de quem gentil e cuidadosamente nos prepara as refeições. a condição das coisas, porém, já faz parte dos desígnios da natureza e de como um dia a interpretamos.
a delicia do mar é a indefinição dos mares. ditada pelo peixe e pela carne, algo que um dia o homem fez sem autorização da natureza, as delícias do mar são sempre vendidas em pequenos rectangulos vermelhos numa só face, congelados, sempre congelados. reflectindo, julgo acreditar que se trata de uma nova qualidade de alimento, não peixe, não carne, não legume, mas sim comgelado. como a vienetta.
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